Trata-se de uma técnica de reabilitação funcional empregada no tratamento de dores crônicas provocadas pelo mal funcionamento do sistema osteoarticular.

Está provado que muitas das dores crônicas, intratáveis, têm origem no mal funcionamento de nossa estrutura osteoarticular. No mundo moderno, exige-se cada vez menos da função de nossa complexa estrutura corporal que, pouco solicitada, levará à perda da agilidade e da força muscular.

Nosso esqueleto é recoberto por centenas de camadas de grupos diferenciados de músculos, que se distribuem em diversas direções, cada qual com função especifica, para permitir movimentos com estabilidade e equilíbrio, promovendo deslocamentos suaves e coordenados. A cada ação de um grupo muscular, existe outro que faz o movimento contrário e regula a ação forte ou delicada a ser empregada na tarefa a ser executada, promovendo ação coordenada e sincronizada, sem conflitos.

Pouco solicitados, alguns grupos musculares se tornam preguiçosos, muitas vezes retraídos. Outras vezes, enfraquecidos, eles provocam o desequilíbrio da ação, sobrecarregando estruturas tendinosas e articulares. Os movimentos se tornam pesados, feito à custa de mais esforço. O resultado é o cansaço e a sensação de peso nos movimentos. Muitas vezes associado esse desconforto se associa a câimbras quando, por esforço, se solicita grupos musculares mais profundos, que não funcionam regularmente. Os músculos se fadigam por efeito da acumulando ácido lático ou pela diminuição da velocidade da circulação local, promovendo espasticidade descontrolada e dolorosa.

O RCM é uma técnica desenvolvida para se localizar as cadeias musculares retraídas , liberar as articulações comprometidas, ganhar amplitude de movimentos articulares , restabelecer a ação contrátil e desenvolver a coordenação motora equilibrada e adequada a cada tarefa.

A técnica foi desenvolvida pela equipe multiprofissional formada pelo Médico Ortopedista Dr. Jorge Mauro de Abreu Izique Júnior, e pelas Fisioterapeutas Ozana Anholeto e Daiane Bego, em protocolo para se diagnosticar e desenvolver a ação de trabalho. Utilizamos esse protocolo há doze anos em Centro de Reabilitação. Nosso foco está dores crônicas e repetitivas, que dependem permanentes de medicações.

As nossas estatísticas comprovam os bons resultados: constatamos a redução de 95% do nível da dor e melhora da qualidade de vida do paciente. Foi possível, ainda, evitar cirurgias complexas e desnecessárias na grande maioria de casos.